Nós
Escrevendo sem “u”
Posso falar até do meu cansaço,
Posso falar até do meu cansaço,
Do que te pertence, do que me pertence,
Do que tenho,
Do que me é devido…
Até posso escrever sobre ele,
Falar deles,
Se sobre os demais.
Mas sem “u”
Não posso falar do “tu”,
Não posso falar do seu
Do teu,
Nem seque do conjunto de nós todos.
Assim me acontece…
Às vezes perco o “u” …
E deixo de poder falar-te,
Pensar em ti, amar-te, dizer-te.
Às vezes perco o “u” …
E deixo de poder falar-te,
Pensar em ti, amar-te, dizer-te.
Sem “u”, fico comigo
Mas tu desapareces…
E sem poder nomear-te
Como poderia desfrutar-te?
Se tu não existes condeno-me
a ver o pior de mim mesmo.
Como o narciso
Que morreu sem ver mais ninguém,
A não ser ele mesmo
Eternamente o mesmo
Ele mesmo sozinho
Reflectido na água.
Sozinho ao espelho,
No mesmíssimo,
Espelho.
Mas tu desapareces…
E sem poder nomear-te
Como poderia desfrutar-te?
Se tu não existes condeno-me
a ver o pior de mim mesmo.
Como o narciso
Que morreu sem ver mais ninguém,
A não ser ele mesmo
Eternamente o mesmo
Ele mesmo sozinho
Reflectido na água.
Sozinho ao espelho,
No mesmíssimo,
Espelho.
nini
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